Quando a Taxa Selic aumenta, os brasileiros sentem a diferença principalmente quando tentam solicitar crédito – tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
Na prática, com a Selic alta, quem precisa de um empréstimo, parcelamento ou financiamento acaba pagando mais caro para pegar dinheiro emprestado.
Antes de mais nada, é bom você saber que número é esse. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve de referência para o mercado financeiro definir outras taxas. É o caso dos juros que você paga em empréstimos e financiamentos, por exemplo.
Quem determina a Selic é o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). Esse grupo se reúne a cada 45 dias para decidir se ela irá aumentar, diminuir ou ficar igual.
Para tomar essa decisão, o Copom leva em consideração vários indicadores financeiros, além da situação econômica do país. Essa análise indica se há necessidade ou não de mexer na taxa de juros.
A Selic tem relação direta com a inflação. Isso porque, quando os juros estão muito baixos, o dinheiro circula mais, o que contribui com a inflação. O contrário também acontece: com juros mais altos, o número de empréstimos e financiamentos cai.
Por esse motivo, o governo geralmente aumenta a Taxa Selic para frear a inflação. Foi o que aconteceu na reunião mais recente do Copom. O grupo resolveu elevar em 0,75% a Selic, que estava em 2,75% ao ano.
Mas, além servir para controlar a inflação, a mudança também tem impacto sobre o retorno dos investimentos.
Aumentar os juros também tem o poder de atrair investidores para o país. Economias emergentes, como o Brasil, ficam mais interessantes conforme cresce a relação risco-retorno.
Para investidores domésticos há também um efeito. A maior remuneração dos juros diminui o dinheiro em circulação porque torna mais vantajosa a remuneração de aplicações financeiras.